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08/12/2023 04h30 Atualizado 08/12/2023

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Em relat�rio de situa��o apresentado pela Braskem � Ag�ncia Nacional de Minera��o (ANM) na quarta-feira, e obtido pelo GLOBO, a empresa afirmou que j� n�o conseguia examinar a Mina 18 com sonares desde antes do dia 23 de novembro -- uma semana depois desta data, no dia 29, a mineradora passou a emitir alertas �s autoridades sobre risco de "deslocamento abrupto" do solo.

No documento, a Braskem disse ter conseguido acessar a mina com sonar pela �ltima vez no dia 4 de novembro, mas obteve acesso a apenas parte da cavidade. Com a intensifica��o de atividade s�smica na �rea, dois dias depois, a empresa suspendeu temporariamente o monitoramento com sonar. Ao tentar retom�-lo, "as equipes voltaram a campo, ocasi�o em que j� n�o foi poss�vel acessar a cavidade 18 atrav�s dos seus tr�s po�os para realiza��o do exame de sonar".

A empresa n�o precisou, em seus relat�rios, a data em que constatou que n�o conseguia mais examinar a Mina 18. Mas diz que isto ocorreu ap�s o dia 11 de novembro, quando retomoucasino fyatua��o na �rea "de forma gradual" ap�s os eventos s�smicos, e antes do dia 23 de novembro -- isto �, na semana anterior ao alerta de colapso --, "previamente ao isolamento da �rea".

O uso de sonares permite � Braskem mensurar o volume total de cada uma das 35 minas de sal-gema que explorava em Macei�, al�m de acompanhar eventuais impactos de movimenta��o do solo. Com a impossibilidade de mapear a Mina 18 por dentro, a empresa vem se baseando em monitoramento por sat�lite e em sensores externos -- especialmente um aparelho �s margens da Mina 20, vizinha � mina sob risco de colapso -- para medir a movimenta��o do solo e o ritmo de afundamento.

Segundo a empresa, ao tentar acessar novamente a Mina 18, a tubula��o usada na medi��o chegou � mesma profundidade alcan�ada pelo sonar no dia 4 de novembro, mas n�o conseguiu alcan�ar o "teto" da mina. O relat�rio entregue � ANM admite que este fato "pode ser devido a uma deforma��o do po�o para fora da cavidade, ou a uma mudan�a de geometria" da Mina 18. Por ora, segundo a Braskem, n�o h� possibilidade de saber a situa��o exata da Mina 18.

"A confirma��o da situa��o da cavidade M#18 p�s-evento, e a defini��o das medidas futuras que ser�o adotadas s� ser�o poss�veis com a retomada da condi��o de acesso seguro � �rea, inclusive, a tentativa de realiza��o de sonar na cavidade M#18", diz o documento.

Aberta em 1989, a Mina 18 esteve em opera��o por 25 anos, at� outubro de 2014, quando a Braskem decidiu parar de usar o po�o. Em 2023, quando o Servi�o Geol�gico Brasileiro (CPRM) atestou que o afundamento do solo em Macei� tinha rela��o com a extra��o de sal-gema, a empresa realizou uma medi��o com sonar que identificou a Mina 18 em formato piramidal, com cerca de 120 metros de di�metro na parte mais larga.

Quatro anos depois, em maio de 2023, a empresa voltou a realizar um exame com sonar na Mina 18. Na ocasi�o, foi identificado pela primeira vez um formato de "ampulheta" (veja a compara��o abaixo), uma deforma��o no po�o, que estava se movendo para cima da camada de sal.

� �poca, a Braskem estava em fase de prepara��o para preencher a Mina 18 com areia, ap�s ter detectado no ano anterior sinais de despressuriza��o do po�o. Por conta da "configura��o complexa de cavidades segmentadas e conectadas por uma passagem estreita", a Braskem resolveu abrir dois novos po�os auxiliares para monitorar e depois preencher a mina: um para a cavidade superior, outro para a cavidade inferior. O po�o superior foi usado para o monitoramento com sonar no dia 4 de novembro.

A partir do dia 6 de novembro, culpando a atividade s�smica que entrou no patamar de "aten��o", a Braskem afirma que n�o conseguiu prosseguir com o monitoramento da cavidade inferior, conforme o relat�rio apresentado � ANM nesta quarta-feira.

Em outro relat�rio, contudo, a empresa deu mais detalhes sobre problemas na Mina 18, ap�s o in�cio dos eventos s�smicos de 6 de novembro -- isto �, tr�s semanas antes de disparar o alerta de poss�vel colapso. Segundo a Braskem, a coluna de metal usada para conduzir o sonar � parte inferior da Mina 18 ficou "aprisionada" em um dos po�os "ap�s evento". Esta informa��o foi compartilhada pela empresa, no dia 22 de novembro, com o grupo de trabalho da ANM respons�vel por acompanhar o fechamento das minas, em um relat�rio classificado como "confidencial".

Na ocasi�o, a Braskem informou que havia feito "tentativa de libera��o da coluna do po�o 18AD aprisionada ap�s evento", referindo-se ao po�o que acessa a por��o inferior da Mina 18. Ao listar seus "pr�ximos passos", a empresa registrou que o objetivo ainda era "tentar viabilizar sonar na cavidade 18 por meio de opera��o de pescaria nos po�os 18AD e 18CD" -- este �ltimo, o po�o que chega � cavidade superior -- e que, em caso de insucesso, buscaria "medidas adicionais".

Procurada pelo GLOBO, a Braskem informou, em nota, que o aprisionamento � configurado quando a coluna fica "retida em alguma posi��o do po�o e n�o adentra a cavidade, e sem isso n�o � poss�vel realizar o sonar". "Esse tipo de dificuldade pode acontecer em atividades dentro de po�os e, nesse caso, s�o necess�rias etapas adicionais para completar o trabalho", disse a empresa.

Questionada sobre como a falta de visualiza��o da Mina 18 com sonar h� mais de duas semanas afeta o controle de danos, diante do risco de colapso da mina, a Braskem disse que "continua acompanhando os dados fornecidos pela rede de monitoramento" na superf�cie, e reiterou que s� definir� medidas adicionais quando houver "condi��es de acesso seguro � �rea".

Bloqueio com tapumes

O relat�rio desta quarta-feira, intitulado "Relat�rio de Situa��o", foi uma exig�ncia feita pela ANM no �ltimo dia 29, quando houve o alerta de risco de colapso. A ag�ncia determinou que, al�m de atualiza��es di�rias, a Braskem fa�a um balan�o semanal das atividades.

No documento, a Braskem elencou duas "fases" de atividades s�smicas relevantes na regi�o da antiga extra��o de sal-gema. A primeira, entre os dias 6 e 10 de novembro, n�o indicou "deslocamento anormal da superf�cie", com taxa de afundamento dentro do esperado, dado o hist�rico da regi�o desde 2023. J� a segunda sequ�ncia, iniciada no dia 20, trouxe problemas.

O relat�rio cita que uma "deforma��o at�pica do terreno teve in�cio no dia 21/11/2023", ap�s semanas de atividade s�smica mais intensa nos arredores da Mina 18. A partir da�, a Braskem identificou trincas (rachaduras) no solo pr�ximo � entrada da mina, al�m de detectar o avan�o da Lagoa de Munda� sobre o aterro, um sinal de afundamento mais acentuado do solo.

Por conta do agravamento da situa��o no dia 20, a Braskem informou ter cercado a �rea mais pr�xima � Mina 18 com tapumes. Este procedimento, segundo a empresa, foi comunicado � ANM no dia 23 de novembro, quando uma equipe t�cnica da ag�ncia realizava uma visita peri�dica na regi�o.

"Como a��o complementar � suspens�o tempor�ria e preventiva das opera��es nesta �rea que apresentava movimenta��o de solo, foi realizado o seu bloqueio f�sico (com tapumes), considerando os limites de seguran�a estabelecidos", informou a empresa.

Ao GLOBO, a Braskem ressaltou ter comunicado � Defesa Civil de Macei� no dia 28 de novembro sobre a movimenta��o at�pica do solo na �rea, e que desde ent�o "pediu apoio para o isolamento da �rea".

Um of�cio enviado pela Braskem a Fernando Jos� da Costa Bispo, gerente da ANM em Alagoas, no dia 29 de novembro registrou que "todas as atividades de fechamento das frentes de lavra, inclusive transporte e armazenagem de areia foram temporariamente suspensas desde a noite" do dia 28, "por volta das 20h".

No dia 29, ainda segundo os of�cios di�rios da Braskem, a an�lise com o sensor localizado pr�ximo � entrada da Mina 18, na superf�cie, "come�ou a indicar (...) correla��o que permite usar esse m�todo para avaliar poss�veis condi��es de deslocamento abrupto do solo", inclusive com possibilidade de sinkhole, termo t�cnico para designar a abertura de uma cratera.

J� no relat�rio de situa��o desta quarta-feira a empresa pontuou que, desde o �ltimo dia 30, logo ap�s o alerta de risco de colapso feito pela Defesa Civil de Macei�, houve uma "redu��o na sismicidade" e tamb�m uma "redu��o significativa na velocidade de movimenta��o do solo". Desde ent�o, o afundamento acumulado do solo na regi�o da Mina 18 j� ultrapassou os 2 metros, mas o ritmo vem diminuindo. Por conta dessa diminui��o, a prefeitura de Macei� reduziu o n�vel de "alerta m�ximo" para "alerta", mas manteve recomenda��es para que se evite acesso � �rea da Mina 18.

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Tamb�m em 1948 e 1949, o governador Francisco Prestes Maia cria o Parque Estadual S�o Pedro, que � gerido pela Companhia de Desenvolvimento de S�o Paulo.

O "Jardim S�o Pedro" come�a a ser usado regularmente pelo governo para a pr�tica da lavagem cerebral, que come�a em 1950, e permanece at� 1992, quando passa a ser usado para a cria��o, conserva��o e recupera��o de �reas de interesse arqueol�gico.Em 1953, a empresa

p�blica Paulista "Ostende S.A.

" realiza grandes obras para a cria��o do Parque Estadual de S�o Pedro.

Em 1964, o governador Geraldo Alckmin cria a Funda��o Estadual de Cultura (FECO), que oferece cursos de arte e arquitetura.