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O fair play no esporte: um comportamento natural ou condicionado? El fair play en el deporte.

�U n comportamiento natural o condicionado? The fair play in the sport: a natural or conditioned behavior? * Licenciadojogos de roletas gratisEduca��o F�sica pela Faculdade Uni�o das Am�ricas - UNIAM�RICA Especializandojogos de roletas gratisAlimentos, Nutri��o e Sa�de no Espa�o Escolar pela Universidade Federal da Integra��o Latino-Americana - UNILA Professor de Educa��o F�sica das redes estadual e municipal de ensinojogos de roletas gratisFoz do Igua�u � PR (Brasil) **Diretor da EFDeportes.

com (Argentina) Leandro Pereira da Silva* leandropsseed.pr.gov.

br Tulio Guterman** tulioefdeportes.

com Resumo Fair play � um comportamento volunt�rio de respeito m�tuo e de esp�rito de justi�a que precisa ser adotado por todos os atletas antes, durante e ap�s as competi��es esportivas, para que estas se desenvolvam com um clima amistoso, estabelecendo, portanto, um controle que as regras por si s� n�o conseguiriam condicionar.

O presente artigo tem como objetivo discutir alguns casos de fair play nos esportes e iniciar uma reflex�o sobre o real intento empregado nesse comportamento que � imprescind�vel para os esportistas.

Unitermos: Fair play.Esporte.Comportamento.

Resumen El juego limpio es un comportamiento voluntario de respeto mutuo y un esp�ritu de justicia que debe ser adoptada por todos los deportistas antes, durante y despu�s de las competiciones para que se desarrollen en un ambiente agradable, estableciendo as� un control que las normas por s� sola no podr�an condicionar.

Este art�culo tiene como objetivo discutir algunos casos de juego limpio en el deporte y reflexionar sobre la intenci�n real empleada en esta conducta que es imprescindible para los deportistas.

Palabras clave: Fair play.Deporte.Comportamiento.

Abstract Fair play is a voluntary behavior of mutual respect and spirit of justice that must be adopted by all athletes before, during and after the sports competitions, for such to happen with a friendly atmosphere, establishing, therefore, a control that the only the rules could not to condition.

This article aims to discuss some cases of fair play in the sports and start a reflection about the real intent that is employee in this behavior that is essential for the athletes.

Keywords: Fair play.Sport.Behavior.

Recep��o: 23/10/2015 - Aceita��o: 26/11/2015 EFDeportes.

com, Revista Digital.

Buenos Aires, A�o 20, N� 211, Diciembre de 2015.http://www.efdeportes.com/1 / 1

Conceito de fair play

Fair play � um termo bastante comum para os esportistas.

Numa tradu��o literal o termo significa "jogo limpo".

Entende-se, assim, por um comportamento volunt�rio de respeito m�tuo e de esp�rito de justi�a que precisa ser adotado por todos os atletas antes, durante e ap�s as competi��es esportivas, para que estas se desenvolvam com um clima amistoso, estabelecendo, portanto, um controle que as regras por si s� n�o conseguiriam cominar.

Podemos associar o termo fair play como o conceito de esp�rito esportivo.

Em conformidade com Santos (2005), entendemos que esp�rito esportivo � um conjunto de normas prescritas e n�o prescritas nos c�digos esportivos que envolvem comportamentos de acordo com um c�digo de �tica humano, que prescreve respeito, toler�ncia, igualdade, lealdade, honestidade etc.

O conceito de fair play surgiu na sociedade aristocr�tica europ�ia, quando era muito difundido pelo Bar�o Pierre de Coubertin, idealizador dos Jogos Ol�mpicos da Era Moderna.

O conceito de jogar limpo sempre existiu nas mais antigas das sociedades, o termo fair play surgiu como uma transfer�ncia do modelo de comportamento ingl�s do s�culo XVIII e XIX, o comportamento de cavalheirismo.

O fair play defendido por Coubertin representa a honra e a lealdade, o respeito pelos outros e por si pr�prio (Rufino et al., 2005).

Para exemplificar a lealdade e a justi�a, que s�o uns dos princ�pios do jogo limpo, narraremos uma situa��o que ocorre com muita freq��ncia no futebol:

Por alguma circunst�ncia, um atleta caijogos de roletas gratiscampo reclamando de dor.

Um jogador da equipe advers�ria percebe ou � alertado sobre o jogador que pode estar lesionado, e imediatamente chuta a bola para fora do campo.

Ent�o, ap�s os m�dicos entraremjogos de roletas gratiscampo e prestarem atendimento ao jogador ca�do, a bola volta a rolar.

Logo, a equipe que tem direito � reposi��o devolve intencionalmente a bola para a equipe advers�ria, que havia chutado a bola pra fora.

Estas s�o atitudes que fazem parte do c�digo de �tica dos futebolistas.

No primeiro momento o jogador poderia seguir jogando, pois a regra permite, uma vez que o �rbitro n�o paralisou o jogo.

Mas mesmo assim age com lealdade, jogando a bola para fora.

No segundo momento a equipe advers�ria procura ser justa, devolvendo a bola.

Essas atitudes, no entanto, costumam ser da vontade pr�pria do atleta? Ou � apenas um reflexo do medo de causarem conflitos e serem hostilizados pelos outros jogadores, pela torcida e pela m�dia? At� que ponto realmente acontece o fair play? Ser� que as regras de todos os esportes possibilitam e promovem o jogo limpo? Ser� que existe exagero de esp�rito esportivojogos de roletas gratisalgumas circunst�ncias?

O presente artigo n�o pretende expor respostas a estas perguntas, mas despertar uma reflex�o a respeito desses c�digos de �tica.

Dessa forma, discutiremos a seguir alguns acontecimentos de fair playjogos de roletas gratisdiferentes modalidades esportivas.

Alguns casos de fair play nos esportes

Em 2011, durante uma partida entre Flamengo e Palmeiras pelo Campeonato Brasileiro de Futebol o jogo foi interrompido para atendimento m�dico de um jogador do Flamengo.

Na retomada do jogo, quando o �rbitro deu "bola ao ch�o", o atacante Kl�ber do Palmeiras partiujogos de roletas gratisdire��o ao gol e finalizou, ao inv�s de devolver a bola para os flamenguistas que tinham a posse de bola antes do ocorrido.

A bola foi pra fora, mas mesmo assim, gerou muita discuss�o dentro e fora campo.

A atitude de Kl�ber n�o � proibida conforme as regras do jogo, por�m, representou uma "agress�o" para os jogadores do Flamengo.

Bertuol (2015) critica o tipo de fair play no futebol:

"Ocorre que o fair play, do jeito que est� posto, � a ant�tese do pr�prio esp�rito do que pretende s�-lo.

Na maioria dos casos, o �rbitro j� avisa aos jogadores quem deve devolver a bola.

Em outros, os jogadores pedem para quem est� com a bola chut�-la para fora, para que o suposto lesionado que, pela express�o, parece estar agonizando, seja atendido.[...

] Ora, o fair play, pra ser mesmo um fair, ter que ser uma atitude intuitiva, volunt�ria, um instinto de cooperativismo classista e desportivo.

Se o jogador tem alguma d�vida de que o advers�rio n�o est� morrendo e que pode aguardar a bola sair ao natural para ser atendido [...], que siga o jogo."

Outra situa��o interessante tamb�m ocorreujogos de roletas gratisuma partida de futebol.

Desta vez, no ano de 2014,jogos de roletas gratisum jogo do Campeonato Alem�o, o meio-campista Aaron Hunt do Werder Bremen simulou um falta dentro da �rea do goleiro do Nuremberg e o �rbitro marcou p�nalti.

O time de Hunt j� vencia por 2 a 0 e poderia ampliar o placar, mas, para surpresa de todos, ele confessou que n�o houve a falta, fazendo com que o �rbitro anulasse o p�nalti.

Sem d�vida foi um ato nobre de honestidade no esporte.

Entretanto, aqui cabem algumas perguntas: ser� que Hunt teria a mesma atitude se a equipe dele estivesse perdendo o jogo? Qual seria o comportamento da torcida de seu time? E seus companheiros e t�cnico? Ser� que todos iriam "aplaudir" o fair play?

Percebe-se que o futebol � um esporte que gera diversas situa��es prop�cias para praticar o "jogo limpo", mas n�o � o �nico.

O fair play foi tema de reportagens sobre outras modalidades tamb�m.

Podemos citar um caso ocorrido numa luta amadora de MMAjogos de roletas gratis2014.

Mike Pantangco dominava o combate contra Jeremy Rasner quando, de repente, ele deu tapas no solo para anunciar a desist�ncia.

Conseq�entemente, Rasner foi declarado o vencedor da luta.

Em entrevista, Pantangco explicou: "Eu apenas senti que n�o havia raz�o para lutar com ele.

Ele n�o treinou para me enfrentar, eu n�o treinei para enfrent�-lo e somos apenas amadores.

N�o ganhamos dinheiro para lutar.

E eu sabia que a �nica maneira de finalizar essa luta seria mandando ele para o hospital ou o machucando.

Eu me senti mal, ent�o apenas lhe dei a vit�ria.".

Eis aqui um gesto de fair play muito pol�mico.

Uns s�o contra e outros s�o a favor da atitude do lutador.

Contudo, � importante refletir: Haveria essa preocupa��o com a integridade f�sica do advers�rio se a luta estivesse valendo dinheiro? Houve excesso de esp�rito esportivo?

Nos Jogos Ol�mpicos da Juventude de 2010jogos de roletas gratisSingapura, a judoca da Bulg�ria, Yoana Damyanova, decidiu adiarjogos de roletas gratisprimeira luta, poisjogos de roletas gratisadvers�ria do Haiti n�o tinha conseguido desembarcar no pa�s a tempo.

Este ato solid�rio lhe rendeu a honra de receber o pr�mio Pierre de Coubertin World Fair Play.

Todo ano o Comit� Internacional de Fair Play concede tal pr�mio �s personalidades que promovem o fair play atrav�s de grandes atitudes.

Recentemente, nos Jogos Panamericanos de 2015jogos de roletas gratisToronto, a judoca argentina Paula Pareto protagonizou uma cena de respeito, toler�ncia e humildade.

Mesmo com a derrota na luta, Paula deu um intenso abra�o na cubana Dayaris Mestre, reconhecendo a superioridade da advers�ria.

No atletismo, durante uma prova de Cross Country na Espanha no ano de 2012, o espanhol Ivan Fern�ndez Anaya estava na segunda posi��o, alguns metros atr�s do atleta queniano Abel Mutai.

No fim da prova Mutai confundiu o local de chegada e diminuiu o ritmo da corrida alguns metros antes da linha de chegada.

Fern�ndez n�o se aproveitou do erro do advers�rio.

Pelo contr�rio: o atleta espanhol avisou o queniano que ele havia se enganado, apontando a linha de chegada que estava mais adiante; e ainda o acompanhou logo atr�s, deixando Mutai vencer a prova.

"Percebi que ele se equivocou e ent�o tive que ajudar.

Naquele dia eu n�o fui superior e n�o merecia a vit�ria.

", declarou o atleta espanhol.

Ao notar que advers�rio se equivocou, Ivan Fern�ndez avisa que a linha de chegada est� mais adiante e acompanha Abel Mutai at� o final, sem ultrapass�-lo.

(Foto: Diario de Navarra)

Essa atitude nobre de Fern�ndez foi muito elogiada e � um dos maiores exemplos de boa conduta no esporte.

Foi realmente um fair play.

Pela declara��o do atleta, percebe-se que ele acredita quejogos de roletas gratisatitude foi correta e, portanto, seria errado se aproveitar da situa��o.

Mas e se seu comportamento tivesse sido diferente? Seria um desrespeito aos princ�pios do esp�rito esportivo ultrapassar o queniano e vencer a prova? � interessante refletir sobre isso, considerando o fato de que muitos atletas tornam-se campe�es consagradosjogos de roletas gratisdecorr�ncia dos erros dos advers�rios.

Conclus�o

� dif�cil saber se o fair play sempre � praticado quando necess�rio e de maneira volunt�ria no �mbito esportivo.

O comportamento dos atletas, �s vezes, gera muita pol�mica.

Entretanto, concordamos que o fair play � extremamente necess�rio na pr�tica esportiva.

� preciso que este se torne um h�bito de todos os esportistas, pois assim as competi��es se desenvolver�o de forma cada vez mais justa, ou seja, sem viol�ncia, sem trapa�as e sem desrespeito.

Al�m disso, essas atitudes de esp�rito esportivo servem de exemplos a serem copiados e incorporados no estilo de vida das pessoas.

Isto refor�a a id�ia de que o esporte � um excelente instrumento educacional.

O Comit� Internacional de Fair Play busca promover esse comportamento no �mbito esportivo atrav�s do pr�mio simb�lico Pierre de Coubertin World Fair Play, que � entregue todo ano �s personalidades do esporte que t�m atitudes desse car�ter.

Contudo, seria mais interessante se federa��es e confedera��es tamb�m estimulassem o fair play, premiando inclusive financeiramente (na maneira do Pr�mio Nobel) os esportistas que tivessem not�veis atitudes de esp�rito esportivo.

Desta forma, esse tipo de comportamento teria ainda mais reconhecimento e valoriza��o por parte de atletas, treinadores, gestores e f�s do esporte.

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